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24 de novembro de 2024

K 4-55: A Nebulosa Planetária Que Marcou o Tributo Para a WFPC2 do Hubble


Em tributo a Wide Field Planetary Camera 2, ou WPFC2 do Hubble, pouco antes dela ter sido substituída a imagem acima foi capturada como mostra do poderio e da qualidade desse instrumento óptico, que mesmo antigo proporcionou imagens espetaculares do universo. A imagem acima mostra uma nebulosa planetária conhecida como Kohoutek 4-55, ou K 4-55. Ela faz parte de um conjunto de nebulosas planetárias que foram denominadas em homenagem ao astrônomo Checo, Lubos Kohoutek que as descobriu. Uma nebulosa planetária contém as camadas externas de estrelas gigantes vermelhas que foram expelidas para o espaço interestelar quando a estrela estava passando pelos seus últimos estágios de vida. A radiação ultravioleta emitida pelo núcleo quente remanescente da estrela, ioniza as conchas de gás ejetadas, gerando o brilho que podemos observar. No caso da nebulosa planetária K 4-55, um anel interno brilhante é envolto por uma estrutura bipolar. O sistema inteiro é então envolvido por um halo vermelho apagado, visto na emissão pelo gás nitrogênio. Essa estrutura de múltiplas conchas é pouco comum nas nebulosas planetárias. Essa imagem foi feita como falamos no início pela WPFC2 do Telescópio Espacial Hubble em 4 de Maio de 2009. As cores representam os constituintes de várias nuvens de emissão na nebulosa: vermelho representa o nitrogênio, o verde representa o hidrogênio, e o azul representa o oxigênio. A K 4-55 está localizada a aproximadamente 4600 anos-luz de distância da Terra na constelação de Cygnus. O instrumento SPFC2, que foi instalado em 1993, substituindo a câmera original do Hubble, a Wide Field/Planetary Camera, foi posteriormente substituída pela Wide Field Camera 3 durante a missão de reparo da STS-125. Durante os 16 anos que a WPFC2 esteve em uso ela forneceu imagens espetaculares do cosmos. Algumas dessas imagens sensacionais foram os pilares da Nebulosa da Águia, o impacto do cometa P/Shoemaker-Levy 9 com a atmosfera de Júpiter, e a sensacional imagem de 1995 o Campo Profundo do Hubble, a maior e mais profunda imagem óptica, que o Hubble havia feito até então.

Fonte:

http://www.nasaimages.org/luna/servlet/detail/NVA2~34~34~73760~133317?qvc=lc:NVA2~34~34


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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