A florescência de fitoplâncton que aparece nessa imagem feita pelo satélite Envisat se espalha através do Mar de Barents pela costa do ponto mais ao norte da Europa, o Cabo Nordkinn.
A área ao sul desse profundo mar de plataforma, que tem uma profundidade média de 230 metros, permanece a maior parte do tempo livre de gelo devido ao calor da Corrente do Atlântico Norte. Isso contribui para a alta produção biológica se comparado com outros oceanos localizados em latitudes similares.
A livre flutuação do fitoplâncton destaca os redemoinhos das correntes do oceano nessas espetaculares tonalidades de azul e verde. Esses organismos marinhos microscópicos que derivam na superfície ou perto da superfície dos oceanos são chamados de a grama do mar, pois eles são peças fundamentais da cadeia alimentar oceânica.
Os organismos simples também possuem um papel similar às plantas verdes terrestres no processo de fotossíntese. O fitoplâncton é capaz de converter componentes inorgânicos como a água, o nitrogênio e o carbono em materiais orgânicos complexos.
Com essa habilidade de digerir esses compostos, eles são capazes de remover tanto dióxido de carbono da atmosfera como seus primos terrestres, tendo assim uma profunda influência também no clima.
Eles também são sensíveis às mudanças ambientais, então é muito importante monitorar e modelar o fitoplâncton para se poder fazer previsões cada vez mais precisas com relação às mudanças climáticas.
Embora a grande maioria dos tipos de fitoplâncton sejam individualmente microscópicos, a clorofila que eles usam coletivamente no processo de fotossíntese pinta a água dos oceanos. Isso permite que esses microscópicos organismos sejam detectados do espaço com sensores dedicados para as cores do oceano, como o Medium Resolution Imaging Spectrometer do Envisat, que adquiriu essa imagem no dia 17 de Agosto de 2011.
Fonte:
http://www.esa.int/esaEO/SEMMPXRTJRG_index_0.html