O interior da cratera Rümker E exibe uma grande variedade de belas e preservadas feições geradas pelo derretimento de material causado pelo impacto que formou a cratera na Lua. A superfície plana, com pedaços de rocha parcialmente submersos e fluxos são um convite para os exploradores. As bordas do interior são sobrepostas por avalanches de detritos da cavidade dos taludes. Como os fluxos vistos à esquerda se formaram? São eles compostos por material derretido pelo impacto, ou fluxos de detritos posteriores?
As formas das crateras são alteradas pouco a pouco por falhas no talude dentro da cavidade, por rebote isostático e pelas intrusões de magma (dependendo do tamanho da cratera). O fluxo de detritos na Rümker E continuará mascarando o interior coberto por material derretido e eventualmente toda a área. Existem muitas crateras degradadas na Lua que não mostram depósitos de material derretido em seu interior, mas eles podem estar lá enterrados esperando por exploradores futuros que os desenterre. Os depósitos de material derretido por impactos são interessantes do ponto de vista geológico pois funcionam como verdadeiros relógios. O derretimento zera o relógio radiométrico interno de modo que até mesmo uma pequena amostra possa ser usada para datar o momento em que o impacto ocorreu.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/424-Melt-and-more-melt.html