Você está perdido olhando a imagem acima? Essa é uma imagem da Lua, mas como vista através de uma lente espectral muito estranha. Para ajudar a te guiar algumas crateras foram marcadas, A é a Aristarchus, C é a Copernicus, H é a Harpalus, e P é a Plato. A sonda Clementine imageou a Lua através de 11 diferentes comprimentos de onda, incluindo 6 deles do infravermelho próximo. Com um aparte, as imagens do infravermelho próximo foram finalmente calibradas assim elas puderam ser usadas para identificar vários elementos e minerais presentes na Lua. Os pesquisadores Jeff Gillis e Paul Lucey usaram esses dados para buscar a evidência de minerais que contém água. Infelizmente eles não encontraram nada, mesmo no Reiner Gamma que é algumas vezes interpretado como uma feição de impacto de cometa. Eles, contudo, descobriram com a imagem resultante integrando imagens da luz visível com imagens da região vermelha do espectro, que essa imagem final distinguia muito bem os diferentes fluxos de lava, fluxos esses possivelmente com composições distintas. Alguns desses fluxos, como o fluxo brilhante no meio da Imbrium, são bem conhecidos, mas outros nunca tinham sido delimitados com cuidado. O impressionante é que imagens amadoras feitas com câmeras digitais consigam registrar esses fluxos (imagem abaixo). Fica aqui um desafio, será que imagens feitas com câmeras digitais com diferentes filtros coloridos, poderiam se aproximar dessa imagem da Clementine, identificando os diferentes fluxos com sutis diferenças nas cores?
Fonte: