Provavelmente você já viu alguma imagem da cratera polar sul da Lua, chamada Thales (imagem abaixo) com seus raios brilhantes indicando que ela foi formada por um impacto oblíquo. Agora, a sonda LRO, em órbita da Lua capturou belas imagens do material acinzentado derretido por impacto que preenche um ponto inferior do interior da cratera. O material derretido pelo impacto possui inúmeras feições lineares interpretadas pela equipe da LRO como sendo fraturas de resfriamento. Elas deveria ter, mas só uma delas tem, a feição mais a direita parece ter uma série de depressões colapsadas similares a alguns canais sinuosos. Podemos imaginar, por exemplo, se o material derretido fluiu pelos canais antes de se resfriar? Subsequente ao resfriamento, pedaços brilhantes de rochas escorregaram pelo talude adjacente (a esquerda) cobrindo a superfície. Algumas crateras jovens de impacto são visíveis sugerindo uma idade relativamente baixa, mas existem muitas depressões circulares como as encontradas, por exemplo, no interior da cratera Ptolomeus. Normalmente essas depressões seriam interpretadas como crateras de impacto pré-existentes que foram então cobertas por uma fina camada de material fluido. Mas as crateras pré-existentes teriam sido formadas em um intervalo de tempo muito curto entre a formação do interior da cratera e o momento em que o material derretido foi jorrado para dentro do interior. Isso parece improvável, então talvez (somente especulação), os discos sejam crateras de impacto normais (ou cavidades formadas por material ejetado) que surgiram antes do material derretido esfriar. Fica aí um campo para ser ainda pesquisado.
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