As temperaturas no hemisfério sul podem servir como um indicador do aquecimento global, diz o matemático da NASA Reto Ruedy do Instituto Goddard para Estudos Espaciais em Nova Iorque, já que nesta parte do globo a água que é maioria do hemisfério esquenta mais lentamente e com menor variabilidade do que a terra. Ruedy disse que as temperaturas em 2009 no hemisfério sul foram 0.49?C do que o período entre 1951 e 1980, com um erro de +/- 0.05?C.
Isso faz com que 2009 seja considerado o ano mais quente com registro neste hemisfério. Isso é significante pois o segundo ano mais quente, 1998, apresentou os registros mais severos no século 20 do El Niño, um evento de aquecimento cíclico do Oceano Pacífico. Durante o El Niño, o calor é redistribuído desde as águas profundas até a superfície, aumentando assim a temperatura do oceano e causando efeitos climáticos. Mas o último ano foi um ano de El Niño de intensidade média, o qual Ruedy diz que significa que temperaturas mais quentes também mostram um termo de grande escala global além de tendências regionais.
Os dados apareceram um mês depois do anuncio feito pelo NOAA e pelo WMO de que a década de 200 foi mais quente que a década de 1990. O NOAA estima que a década foi 0.54?C mais quente que a média do século 20. Os anos 1990, por comparação foi 0.36?C mais quente que essa média.
Na sexta-feira (15 de Janeiro de 2010) o NOAA irá apresentar oficialmente os dados de 2009. “Esse é um dos invernos mais frios que estamos experimentando no hemisfério norte, mas o calor continua subindo nos trópicos”, diz um cientista do NOAA.
Fonte: http://sciencenow.sciencemag.org/cgi/content/full/2010/113/2