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27 de novembro de 2024

100 MILHÕES DE BURACOS NEGROS ESCONDIDOS NA GALÁXIA | SPACE TODAY TV EP1915

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Os buracos negros podem ser classificados pela sua massa, já falei isso aqui, talvez centenas de vezes, mas vou repetir.

Existem os buracos negros de massa estelar, com dezenas de vezes a massa do Sol.

Buracos negros com massa intermediária, com milhares e até centenas de milhões de vezes a massa do Sol.

Buracos negros supermassivos, de centenas de milhões até bilhões de vezes a massa do Sol.

E vimos essa semana mesmo os ultramassivos, com massa superior a dezenas de bilhões de vezes a massa do Sol.

Os buracos negros de massa estelar, são detectados em sistemas binários e também por meio da fusão entre eles, quando geram as ondas gravitacionais.

Os buracos negros supermassivos, podem ser detectados pela emissão de raios-X, e até mesmo pela imagem, como o da M87.

Os ultramassivos também vimos que podem ser detectados com raios-X.

E os intermediários?

Aí está o grande problema de tudo que está ligado com buracos negros.

Os astrônomos não conseguem detectar buracos negros de massa intermediária e isso cria uma lacuna na história dos buracos negros.

Esses buracos negros não possuem massa suficiente para criar um disco de acreção ao seu redor, e emitir raios-X.

Eles não aparecem em sistemas binários e nem se fundem.

Mas eles devem existir, e existindo alguma matéria entra nesses buracos negros.

Com isso em mente um grupo de astrofísicos está propondo uma nova maneira de identificar esses buracos negros perdidos.

Que devem ser cerca de 100 milhões só na nossa galáxia.

A ideia deles é que esses buracos negros ao sugar a matéria também acabem ejetando uma parte porém com uma energia menor.

Essa matéria ejetada interage com o espaço interestelar e nessa interação são geradas ondas de choque.

Essas ondas de choque podem amplificar os campos magnéticos, acelerar os elétrons e esses elétrons acelerados podem emitir radiação Síncroton em comprimentos de onda de rádio.

Isso quer dizer que esses buracos negros de massa intermediária acabam por emitir ondas de rádio e poderíamos detectar aqui na Terra.

E por que ainda não detectamos?

Porque os radiotelescópios sensíveis o suficiente para isso ainda estão em construção.

De acordo com o estudo dos astrofísicos, o SKA, o Square Kilometre Array, terá a sensibilidade suficiente para detectar esse tipo de buraco negro.

Eles estimam que durante o período de teste do SKA em 2020, já conseguirão detectar 30 desses buracos negros e depois com o SKA completo poderão detectar cerca de 700.

Vamos esperar até 2020 e ver se isso irá realmente se concretizar, esperamos que sim, pois esse é o elo perdido na história dos buracos negros e precisa ser logo resolvido.

#100MilhõesDeBuracosNegros #BuracosNegrosIntermediários #SKA

Fontes:

https://www.space.com/how-to-find-missing-black-holes.html

https://arxiv.org/pdf/1907.00792.pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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