A órbita de número 136 ao redor da Lua, levou a sonda LRO até a Cratera Compton, uma cratera de idade Imbriana com 162 km de diâmetro a uma altitude de 172 km. A essa altura, grandes pedaços de rochas podem ser vistos gerando sombras, especialmente nos anéis de numerosas crateras de impacto secundárias que cobrem a antiga superfície. Mas existe mais nessa imagem do que pedaços de rochas e crateras. Na parte superior, a borda oeste do imenso pico central da cratera Compton é visível. O largo e achatado talude registra um período de soerguimento do interior da cratera. O soerguimento fez com que o interior da cratera se quebrasse e se separasse, formando a estrutura de graben. O que causou o soerguimento e faturamento do interior da cratera é algo que não é compreendido totalmente. Uma possiblidade é que lentos reajustamentos ocorreram na crosta depois da formação da cratera. Asteroides e cometas atingem a Lua a velocidades superiores a 15 km/segundos. Muita energia é dissipada nesse impacto que faz com que a rocha se comporte como uma estrutura plástica por um breve momento, a crosta é então empurrada para baixo. Com o tempo a crosta sofre uma processo de relaxamento e soergue em direção a sua posição original, fraturando o fluxo de lava que foi expelido e endurecido após o impacto. Outra ideia defende a intrusão da lava dentro da parte rasa da subsuperfície. À medida que o magma segue fraturas existentes, ele exerce pressão na rocha ao redor causando o seu soerguimento e mais faturamento. Revelar a origem das feições tectônicas da Lua como essa é um dos objetivos principais da equipe de ciência da sonda LRO.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/73-The-fractured-floor-of-Compton.html
