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A Fusão de Dois Buracos Negros – A Origem das Ondas Gravitacionais

No dia 11 de Fevereiro de 2016 foi feito um dos maiores e mais importantes anúncios da ciência moderna, a detecção pela primeira vez das chamadas ondas gravitacionais. Lei os detalhes aqui: https://spacetoday.com.br/a-deteccao-das-ondas-gravitacionais/

Devido a importância desse anúncio, muito provavelmente alguns detalhes irão ecoar por algum tempo em posts, vídeos, etc. Além de ter representado a primeira vez que se detectou as ondas gravitacionais, o anúncio feito pelos cientistas do LIGO também representou a primeira vez que um conjunto binário de buracos negros foi identificado num processo de colisão. O vídeo, na verdade é uma simulação feita com os dados obtidos pelo LIGO e mostra como se deu a colisão e fusão dos dois buracos negros, processo esse que foi o responsável pela geração das ondas gravitacionais detectadas pelo LIGO em Setembro de 2015.

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Devido a extrema gravidade, a luz sofre um efeito de lente criando os chamados Anéis de Einstein à medida que os dois buracos negros se aproximam em movimentos espirais e finalmente se fundem num só. As ondas gravitacionais outrora invisíveis geradas à medida que os objetos massivos rapidamente coalescem faz com que a luz visível sofra uma ondulação e se esparrame tanto dentro como fora dos Anéis de Einstein mesmo depois dos buracos negros terem se fundido.

Denominadas de GW150914, as ondas gravitacionais detectadas pelo LIGO são consistentes com a fusão de buracos negros com massas de 36 e 29 vezes a massa do Sol, localizados a uma distância de 1.3 bilhões de anos-luz. O buraco negro final gerado por esse processo de fusão tem 62 vezes a massa do Sol, sendo que 3 massas solares foram convertidas em energia de ondas gravitacionais e chegaram e foram detectadas na Terra.

Para saber mais, lancei um vídeo no canal do Space Today no YouTube, onde explico detalhadamente cada ponto dessa incrível descoberta. Assista abaixo.

Fonte:

http://apod.nasa.gov/apod/ap160212.html

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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