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Uma Nova Zona Habitável Para os Exoplanetas

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De acordo com pesquisadores da Universidade de Yale, a busca por mundos alienígenas habitáveis, precisa definir uma segunda zona habitável.

Por décadas, pensou-se que o fator determinante para um planeta suportar a vida era a sua distância da estrela. No nosso Sistema Solar, por exemplo, Vênus está muito perto do Sol, Marte está muito longe, mas a Terra está na posição certa. Essa distância é que os cientistas referem como zona habitável, ou zona Goldlocks (Caxinhos Dourados).

Também, pensava-se que os planetas eram capazes de auto-regular suas temperaturas internas por meio da convecção no manto, a variação de rochas causadas pelo aquecimento e resfriamento interno. Um planeta pode começar muito frio ou muito quente, mas eventualmente ele pode atingir a temperatura correta.

Um novo estudo sugere que simplesmente estar na zona habitável não é uma condição suficiente para suportar a vida. Um planeta também precisa começar com uma temperatura interna correta.

“Se você adquirir todos os tipos de dados científicos em como a Terra se desenvolveu nos últimos bilhões de anos e tentar resumir esses dados, você eventualmente perceberá que a convecção no manto é indiferente para a temperatura interna”, disse o pesquisador. Foi apresentado um arcabouço teórico geral que explica o grau de auto-regulação esperado para a convecção do manto e sugere que a auto-regulação é improvável para planetas parecidos com a Terra.

A falta de um mecanismo de auto-regulação tem grandes implicações para a habitabilidade dos planetas. Os estudos na formação planetária, sugere que os planetas como a Terra, se formam por múltiplos impactos gigantes, e o resultado desse processo altamente aleatório, sabe-se que é muito diverso.

Essa diversidade de tamanho e temperatura interna não iria prejudicar a evolução se existisse uma convecção no manto auto-regulada. Não existiriam, por exemplo, oceanos e nem continentes no nosso planeta, se a temperatura interna da Terra não estivesse num certo intervalo, e isso significa que o início da história da Terra não pode ter sido nem muito quente, nem muito frio.

Fonte:

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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