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Telescópio ALMA Revela A Rápida Formação de Novas Estrelas Em Galáxias Distantes

This image of starburst galaxy Zw II 96 shows what the "Baby Boom" galaxy may look like at closer range.

Galáxias formando estrelas em taxas extremas a nove bilhões de anos atrás eram mais eficientes do que a média das galáxias atuais, descobriram os pesquisadores.

A maioria das estrelas acredita-se localizam-se na sequência principal onde quanto maior a massa da galáxia, mais eficiente ela é na formação de novas estrelas. Contudo, de vez em quando uma galáxia apresentará uma explosão de novas estrelas que brilham mais do que o resto. Uma colisão entre duas grandes galáxias é normalmente a causa dessas fases de explosões de formação de estrelas, onde o gás frio que reside nas grandes nuvens moleculares torna-se o combustível para sustentar essas altas taxas de formação de estrelas.

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A questão que os astrônomos têm feito é se essas explosões de estrelas no início o universo foram o resultado de se ter um suprimento de gás abundante, ou se as galáxias convertiam o gás de maneira mais eficiente.

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Um novo estudo, publicado no Astrophysical Journal Letters de 15 de Outubro, liderado por John Silverman, do Kavli Institute  for Physics and Mathematics  of the Universe, estudou o conteúdo do gás monóxido de carbono (CO) em sete galáxias de explosão de estrelas muito distantes, quando o universo tinha apenas 4 bilhões de anos de vida. Isso foi possível devido a capacidade do Atacama Large Millimiter/Submillimiter Array (ALMA), localizado no platô no topo da montanha no Chile, que trabalha para detectar as ondas eletromagnéticas no comprimento de onda milimétrico (importante para se estudar o gás molecular) e um nível de sensibilidade que só agora começa a ser explorado pelos astrônomos.

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Os pesquisadores descobriram que a quantidade de gás CO emitido já tinha diminuído, mesmo apesar da galáxia continuar a formar estrelas em altas taxas. Essas observações são similares àquelas registradas para as galáxias de explosões de estrelas próximas da Terra atualmente, mas a quantidade da depleção de gás não foi tão rápida quanto se esperava. Isso levou os pesquisadores a concluírem que poderia haver um contínuo aumento na eficiência, dependendo em de quanto acima da taxa de se formar estrelas ela está da sequência principal.

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Esse estudo foi possível devido à variedade dos poderosos telescópios disponíveis pela pesquisa COSMOS. Somente os observatórios espaciais  Spitzer e Herschel poderiam medir com precisão a taxa de formação de estrelas, e o Telescópio Subaru poderia confirmar a natureza e a distância dessas extremas galáxias usando a espectroscopia.

Fonte:

http://www.ipmu.jp/node/2300

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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