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O Longo Adeus da Nebulosa Planetária NGC 6565

The long goodbye

Os momentos finais de uma estrela moribunda são capturados nessa imagem do Telescópio Espacial Hubble, das agências NASA e ESA. Os suspiros da morte dessa estrela podem durar meros momentos em escala cosmológica, mas o desaparecimento dessa estrela é ainda mais tranquilo, durando dezenas de milhares de anos.

A agonia da estrela tem culminado numa bela nebulosa planetária, conhecida como NGC 6565, uma nuvem de gás que foi ejetada da estrela depois que o violento vento estelar empurrou as camadas externas da estrela no espaço. Uma vez que material suficiente foi ejetado, o núcleo luminoso da estrela fica exposto e ela começa a produzir radiação ultravioleta, excitando o gás ao redor em graus variados fazendo com que ela irradie num atrativo conjunto de cores. Essas mesmas cores podem ser vistas na famosa e impressionante Nebulosa do Anel, um exemplo proeminente de uma nebulosa como essa.

Nebulosas planetárias são iluminadas por cerca de 10000 anos antes que a estrela central comece a esfriar e se encolher até tornar-se uma anã branca. Quando isso acontece, a luz da estrela diminui drasticamente e para de excitar o gás ao redor, assim a nebulosa se apaga e desaparece da nossa visão.

Uma versão dessa imagem entrou na competição de processamento de imagens Hubble’s Hidden Treasures pelo competidor Matej Novak.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1530a/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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