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Estudando A infância do Universo Com as Galáxias Mais Distantes

Na escuridão do Universo distante, as galáxias lembram vaga-lumes brilhantes, velas trêmulas, brasas chamuscadas flutuando de uma fogueira, lâmpadas brilhando suavemente. Esta Imagem da Semana, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA / ESA, mostra um enorme grupo de galáxias ligadas por gravidade: um cluster chamado RXC J0032.1 + 1808.

Esta imagem foi feita pela Advanced Camera for Surveys e Wide-Field Camera 3 do Hubble como parte de um programa de observação chamado RELICS (Reionization Lensing Cluster Survey). O programa Relics analisou 41 aglomerados de galáxias com o objetivo de encontrar as galáxias distantes mais brilhantes, para posteriormente serem estudadas pelo  Telescópio Espacial James Webb da NASA / ESA / CSA (JWST).

Agora com previsão de lançamento para Maio de 2020, o JWST foi projetado para ver em comprimentos de onda de infravermelho, o que é extremamente útil para observar objetos distantes. Como resultado da expansão do Universo, objetos muito distantes são altamente desviados para o vermelho (sua luz é deslocada para a parte mais vermelha do espectro) e, portanto, telescópios infravermelhos são necessários para estudá-los. Enquanto o Hubble atualmente tem a capacidade de ver bilhões de anos no passado para ver galáxias no início da sua infância o JWST terá a capacidade de estudar galáxias recém-nascidas, as primeiras galáxias que se formaram no Universo.

Crédito:

ESA / Hubble e NASA, RELICS

Fonte:

http://spacetelescope.org/images/potw1819a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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