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Conhecendo a Lua: As Crateras Blancanus e Klaproth

Será que você tem a disciplina de ignorar a cratera Clavius e se concentrar nas imagens das crateras menores ao sul? Na imagem acima foi feito isto e temos que respeitar este ponto de vista.

A cratera Blancanus está no meio do campo de visão e na parte superior da imagem está a cratera Klaproth com seu interior suavizado. Ambas tiveram suas profundidades reduzidas por algum tipo de material que cobriu o seu interior, na Balancanus ainda é possível ver o pico central e na Klaproth um pouco mais.A explicação padrão e quase que certamente correta, é que material fluidizado ejetado da formação da Bacia Orientale preencheu o interior dessas crateras e outros pontos baixos.

Usando ferramentas disponíveis no Quick Map da sonda LRO é possível determinar a elevação do interior da cratera Clavius que está a aproximadamente 3000 metros abaixo da elevação média da cratera, e a Blancanus é um pouco mais profunda, aproximadamente a 3600 metros abaixo, mas a Klaproth é muito mais alta a 1800 metros. Se uma chuva uniforme de material ejetado caiu através de todas essas crateras cada uma delas devia ter ficado mais rasa pela mesma quantidade. E, talvez, isso tenha acontecido. Isso significaria que cada cratera já havia sido modificada, ou, como é obviamente verdade para a Blancanus, que algumas delas eram mais jovens do que as outras. Provavelmente ambas as coisas aconteceram e como os raios das crateras, a distribuição do material ejetado provavelmente não foi uniforme.

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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