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A Tulipa e Cygnus X-1

Enquadrando uma região brilhante de emissão, essa visão telescópica foi feita, observando ao longo do plano da Via Láctea, na direção da constelação rica em nebulosas Cygnus, o Cisne. Popularmente conhecida como Nebulosa da Tulipa, a nuvem de brilho avermelhado de gás e poeira interestelar faz parte também do catálogo de 1959, criado pelo astrônomo Stewart Sharpless, e é codificada como Sh2-101. Localizada a cerca de 8000 anos-luz de distância da Terra, e com cerca de 70 anos-luz de diâmetro, a complexa e bela nebulosa domina o centro da imagem. A radiação ultravioleta de estrelas energéticas localizadas na borda da associação OB3 Cygnus, incluindo a estrela do Tipo O, HDE 227018, ioniza os átomos e amplifica a emissão da Nebulosa da Tulipa. A HDE 227018, é a estrela brilhante localizada no centro da nebulosa. Também enquadrado nessa imagem está o microquasar Cygnus X-1, uma das fontes mais fortes de raios-X no céu da Terra. Dirigido pelos jatos poderosos do disco de acreção de um buraco negro, ele é fracamente visível como uma frente de choque curva, localizada acima e a direita, logo depois de uma das pétalas da Tulipa.

Fonte:

https://apod.nasa.gov/apod/ap170216.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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