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A Estação Espacial Em Forma de Rosquinha Que A NASA Imaginou na Década de 1960

Em uma época, a NASA contemplou a ideia de construir uma estação espacial inflável e movida a energia solar. Diferente da maioria dos conceitos de levar os humanos para espaço, essa ideia que começou como uma arte conceitual chegou até ter um protótipo testável, embora nunca tenha deixado o planeta.

As imagens aqui nesse post mostram um modelo do protótipo de 1961, da estação espacial inflável. A estação era chamada de Ectable Torus Manned Space Laboratory. A premissa era que a estação poderia ser dobrável e ocupar um pequeno espaço no momento do lançamento, e uma vez no espaço ela se expandiria sozinha.

A Goodyear Aircraft Corporation desenhou os conceitos da estação espacial inflável, ambos com 9.1 metros e 7.2 metros de dimensão. Em teoria, esse tamanho era o suficiente para um ou dois astronautas viverem ali por um tempo longo. A forma de torus foi selecionada, pois a estação poderia girar, dando aos astronautas uma gravidade artificial entre 0 e 1 g.

A estação seria construída com nylon, e elastano, além de um material emborrachado que poderia ser pressurizado de forma independente durante emergências. A estação seria equipada com um coletor solar para gerar energia, e os ônibus espaciais poderiam se acoplar em portas dispostas ao longo da parte externa do torus.

O único problema, fora todos os outros? Uma estação espacial inflável é extremamente vulnerável aos meteoroides e micro meteoroides, ou até mesmo a um astronauta entusiasmado andando do lado de fora da estação. Nos testes em solo com o protótipo de 3 metros de diâmetro, os engenheiros também descobriram que a estação era instável para a realização de atividades, o que poderia fazer com que ela começasse a vibrar e desestabilizasse toda a estrutura. A estação, obviamente nunca foi colocada no espaço.

Fonte:

http://gizmodo.com/nasa-considered-an-inflatable-donut-for-a-space-habitat-1737138377

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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